sábado, 12 de junho de 2010

Eurostat vai poder inspeccionar as contas nacionais

Os ministros europeus das Finanças chegaram hoje a um acordo de princípio
para reforçarem os poderes do serviço europeu de estatísticas, o Eurostat, de
modo a permitir-lhe inquirir, com poderes de inspecção, sobre a exactidão dos
números fornecidos pelos países da UE, nomeadamente em matéria de défice.

Esta iniciativa segue-se aos que a AFP chama “erros recorrentes” nas
estatísticas gregas, que precipitaram a crise da dívida na Europa. Os gregos têm
sido acusados de falsificação das contas nacionais.

As novas disposições
“visam reforçar o papel do Eurostat quando se trata de verificar a qualidade dos
dados nos casos em que tenham sido claramente identificados riscos de problemas
significativos”, segundo o documento adoptado hoje pelos ministros.



Para quem achou o mesmo texto um pouco excessivo, veja este artigo e depois retire as suas ilações. O reforço dos poderes de Bruxelas (e as suas organizações) continua a aumentar e apesar dos vários povos europeus serem contra uma federação europeia, esse projecto continua de vento em popa. A crise deu jeito para algumas pessoas, não foi?!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Daniel Cohn-Bendit sobre ajuda econômica a Grécia

Apesar de não concordar com grande parte das coisas que estes senhores defendem, é sempre interessante ouvir com atenção alguma das coisas que eles dizem:


terça-feira, 1 de junho de 2010

The Greek Crisis Was Planned!

Na semana passada estava a debater num fórum acerca da crise mundial com uma pessoa que por norma tem pontos de vista completamente diferentes das minhas (excepto que o Benfica é provavelmente o maior clube no mundo).

Debatemos sobre vários acontecimentos quando eu escrevi no dito fórum que na minha opinião o Sul da Europa em geral e a Grécia em particular está a ser alvo de um plano muito bem delineado para o reforço do poder central europeu nas mãos do eixo Franco-Alemão. Vocês puderam pensar que enlouqueci de vez, que virei mais um maluquinho das teorias de conspiração. Na verdade faz tudo sentido, vamos ver por partes. Temos vários estados que tiveram fortes taxas de crescimento nos últimos 20 anos, desde que aderiram à CEE. Esses mesmos estados passaram muita da sua soberania para as mãos de Bruxelas, no entanto ainda estávamos longe de uma Federação Europeia. O que se passou nesta crise foi que toda uma série de estados de repente viram-se confrontados com dívidas públicas e privadas excessivas, uma crise económica mundial que diminui e muito as exportações desses mesmos países. Se os governos Franceses e Alemães tivessem acordado um auxílio imediato à Grécia, a bolsa especuladora não teria tempo de entrar em acção e ter feito tantos estragos nos países chamados PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha). A verdade é que foi graças a estes meses de indecisão que permitiu a que se chegasse a um consenso dentro da EU para que o Banco Europeu tivesse ainda mais poder interventivo nos vários estados. Também foi graças a este período que se conseguiu de uma forma encapotada e sem que ninguém percebe-se que o poder dentro de Bruxelas pendesse ainda mais para o Bloco Franco-Alemão.

A verdade é que todas as instituições necessárias a uma Federação Europeia já existem, desde as Forças Armadas, passando pelas Forças de Segurança, pelas instituições políticas/partidárias, etc.

Tenho a certeza de que o futuro só verá o poder deste bloco aumentar ainda mais. O mais incrível disto tudo é que temos um governo que nada diz e que só sabe culpar as empresas de rating.

Será que é tudo culpa deles? Claro que não! Os vários governos quando quiseram que os seus países entrassem na EU, sabiam que muito provavelmente isto ia dar problemas e médio/longo prazo. Como é que um país como Portugal ou a Grécia ia aguentar ter a mesma moeda que países muito mais fortes e competitivos? Não iam e o resultado está à mostra de qualquer um. Hoje já não temos a possibilidade de baixar o valor da nossa moeda para aumentar as exportações, hoje já não temos independência para escolher o rumo para o nosso país. Se juntarmos a isto tudo as despesas desnecessárias que foram o Europeu em Portugal e as Olimpíadas na Grécia, ficamos com todo o panorama que levou a este endividamento.

Essa pessoa (que muito provavelmente vai ler este texto, também me mandou este link deste texto:

http://www.thetrumpet.com/index.php?q=7062.0.123.0

Leiam que não se vão arrepender.