quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Assimilação...


Li num artigo do Diário de Noticias que foi recusado a um Marroquino a naturalização pelo estado Francês. Parece que o mesmo, apesar de querer ser cidadão francês, queria viver como na terra de origem. Ou seja, queria viver em França, mas mantendo a mesma mentalidade, os mesmos costumes que em Marrocos.

Isso fez-me pensar nas pessoas que todos os anos se naturalizam em Portugal. No nosso país, o processo de naturalização é bastante fácil, se comparado com outros países europeus.

"AQUISIÇÃO POR EFEITO DA VONTADE


Podem adquirir a nacionalidade portuguesa:

Filhos menores, ou incapazes, de pai ou mãe que adquira a nacionalidade
portuguesa (art. 2.º L.N.) Em caso de casamento ou de união de facto,
judicialmente reconhecida, com um nacional português (art. 3.º da LN) O menor
estrangeiro adoptado plenamente por um cidadão português (art. 5.º da LN) Por
naturalização (art. 6.º da LN) Estrangeiro residente legal há 6 anos (n.º 1 do
art. 6.º da LN) Menor nascido em Portugal, caso aqui tenha concluído o 1.º ciclo
do ensino básico ou um dos progenitores aqui resida legalmente há 5 anos. (n.º 2
do art. 6.º da LN) Em caso de perda da nacionalidade portuguesa e desde que se
verifique que não foi adquirida outra nacionalidade. (n.º 3 do art. 6.º da LN)
Nascido no estrangeiro com um ascendente do 2.º grau que não tenha perdido a
nacionalidade portuguesa. (n.º 4 do art. 6.º da LN) Nascido em Portugal e que se
encontre ilegal desde que aqui tenha permanecido nos 10 anos imediatamente
anteriores ao pedido. (n.º 5 do art. 6.º da LN) Em casos especiais: (n.º 6 do
art. 6.º da LN) já foram detentores da nacionalidade portuguesa havidos como
descendentes de portugueses ou membros de comunidades de ascendência portuguesa
por prestação de serviços relevantes ao Estado Português ou à comunidade
nacional."




Ao contrário de Portugal, "a França usa um modelo de integração segundo o qual têm que ser os imigrantes a adaptar-se à sua língua, história, estilo de vida. E não o contrário."

Talvez eu seja retrógrado, mas quando eu entro na casa de outrem, não começo por impor a minha visão do mundo, não começo a dizer aos donos o que podem ou não fazer, isso seria no mínimo falta de educação. Ora estas pessoas fazem exactamente isso! É ridículo, mas o actual "politicamente correcto" está literalmente a castrar os povos europeus. Parece que actualmente o poder político está mais interessado em proteger os interesses de alguns, do que os direitos de todos.

O estado francês ao defender que as práticas como a poligamia ou a mutilação de órgãos genitais são exemplos de uma má assimilação, estão a mostrar ao resto da Europa, que os valores da Europa Ocidental são para ser respeitados e valorizados.

Estou-me a lembrar das manifestações de radicais islâmicos em Londres onde defendiam a “sharia” e aplaudiam atentados terroristas. Estou-me a lembrar de atentados à bomba em Londres, Madrid, Paris e tantos outros lugares. É este tipo de pessoa, que acham que estão bem assimilados?

Tenho que referir que estou a mencionar a problemática islâmica neste texto, mas na verdade é que poderia colocar em foco qualquer outra “minoria” em Portugal ou um pouco por toda a Europa. Minorias que não se querem integrar e que não assimilam os valores dos países para onde emigraram serão sempre foco de tensões.


Só tenho a dizer uma coisa, o Presidente Sarkozy e o seu governo está de parabéns por uma atitude digna, corajosa e que mostra o caminho para o que deve ser as boas práticas das leis de naturalização.

1 comentário:

  1. Nem só de questões religiosas (Islamismo) se prende uma emigração. Factores sociais, económicos e infelizmente politicos levam muitos cidadãos a mudar de País.
    Concordo com o que foi escrito e subscrevo, mas este texto veio também avivar a minha memória em relação a algumas naturalizações famosas em Portugal. Vejamos as naturalizações de alguns jogadores da nossa selecção de futebol. Tudo não passa de um jogo de interresses, pois como não têm vaga na selecção do País de origem, toca a virar Tuga. Nem o hino cantam! Quando acabarem as suas carreiras quero ver qual a naturalidade que assumem...

    ResponderEliminar