quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Jesus, facto ou ficção?

À pouco tempo estava eu a falar com um grande amigo acerca de um vídeo que ele mandou-me via internet. Eu estou a falar um filme do “The Zeitgeist Movement”, onde se falava nas semelhanças entre Jesus Cristo e toda uma série de divindades do mundo antigo. A conversa foi se desenvolvendo até que ele colocou a seguinte questão:

Jesus Cristo existiu ou não?

Para mim ele existiu, é uma personagem incontornável, ao ter criado uma fé das mais seguidas no mundo.

A outra questão que se coloca se uma pessoa acredita nas informações do vídeo é se as características que actualmente damos a Jesus Cristo são as verdadeiras (idade, dia de nascimento, etc.)?

Na minha opinião, não! A Igreja Católica Apostólica Romana, como qualquer religião vai evoluindo e adaptando-se de forma a captar novos crentes. Se não fosse assim, nós (cristãos) teríamos que fazer a circuncisão tal como os Judeus, não poderíamos comer certas e determinadas coisas e não poderíamos juntar toda uma série de comidas. A actual data em que celebramos o nascimento de Cristo foi "criada" pela Igreja para que as pessoas que eram pagãs e se convertessem, pudessem continuar a celebrar uma importante celebração no mundo pagão, o solstício de inverno. Uma coisa que é indesmentível, é que na religião como tudo na vida, nada se perde tudo se transforma. O que aprendemos na Igreja e que nos foi incutido desde pequenos como sendo verdades absolutas, na verdade são o resultado de várias reformas dentro da própria Igreja e de tentativas de unificação dentro da própria fé Cristã. Até ao concílio de Nicéia havia toda uma série de seitas sem grande união e que tinham formas diferentes de ver Fé Cristã. O que saiu de lá foi a consolidação da Fé Cristã ao promover o seu fundador como filho de Deus, e toda uma série de coisas que actualmente se crê essenciais para a fé. Na verdade houve os que aceitaram (Católicos, Ortodoxos, etc.), e os que não aceitaram. Não se esqueçam, as Cruzadas não foram só contra o mundo Islâmico e muito menos na Palestina, houve também na Europa contra outros movimentos Cristãos.

Será que a religião importante no mundo actual?

Eu acho que é especialmente importante hoje em dia a religião, especialmente actualmente. Nunca o homem foi tão arrogante, nunca o homem se teve tanto em conta e nunca o homem foi capaz de fazer tanto mal a si próprio e aos outros. Já Napoleão (pessoa que duvido que acredita-se sequer na existência de Deus) dizia:

- "Uma sociedade sem religião é como um navio sem bússola."

A verdade é que assistimos a um deturpar da Sociedade Ocidental/Cristã porque as pessoas perderam a fé, perderam o rumo e actualmente uma pessoa pode mentir, roubar, drogar-se, fazer abortos e não se passa nada. Onde está o civismo, onde está a união entre os homens, onde está o sacrifício em prole de algo maior que nós próprios?

Eu pessoalmente não preciso da religião, tenho os meus valores e é por eles que eu me rejo. Eu não sou defensor da Igreja nem de nenhuma religião, sou defensor isso sim, de que para a sociedade funcionar correctamente é preciso ter um sistema de valores, algo para que as pessoas se guiem. As pessoas infelizmente, comportam-se como carneiros, seres que se limitam a viver a vida sem nunca questionar o porquê das coisas. Querem comprar o Audi A-3 2.0 TDI, porque todos dizem ser uma bomba, querem ir de férias ao Brasil, ter uma mansão, e é isso a sua vida, viver para as coisas sem pensar primeiro que tipo de vida têm, que tipo de sociedade vivem, que futuro os espera.
Link do video em questão:

2 comentários:

  1. Bom dia, camarada de frentes invisíveis, deste mundo.
    De facto vivemos embebidos duma substância qualquer que ainda não sabemos se gostamos ou não.
    O facto é que nós é dito para gostar e, ser a única forma possível de viver acreditar no mundo.
    Quando penso que Jesus existiu ou não, seria numa linha de pensamento de que tudo é possível de ser concebido e projectado e as provas podem ser criadas e com o passar dos longos anos, passa a ser como dado adquirido.
    Meu caro, eu sigo aquela ideia de pensamento de ver para crer, e de duvidar de tudo.
    Para ter fé, isso basta ter no nosso interior, dentro de nós existe o bem e o mal.
    E para ser franco sou crente, mas não num só deus e não duma estrutura eclesiástica criada pela mão do homem.
    Bem aja, camarada.
    Saudações
    P. Machado

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  2. "E para ser franco sou crente, mas não num só deus e não duma estrutura eclesiástica criada pela mão do homem."

    E é aí mesmo que eu queria chegar!

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